terça-feira, 18 de julho de 2017

Explicando a confusão.

Sei que já é um assunto chato, irritante, enjoado, mas tem que ser explicado.

A confusão no sábado, 08/07, tumultuou os noticiários do Brasil inteiro, quiçá do mundo esportivo. Dia após dia era um bombardeio de informações que davam a entender que São Januário era um estádio precário, o que não é. 

São Januário é o último brado do futebol. Arquibancada, bandeiras, canto até o fim, São Januário, além de tudo, é um lar, uma casa.
A nossa casa, a casa de qualquer um, do mais jovem até o mais velho Cruzmaltino. Voltando ao assunto, estive em São Januário no dia da confusão, era nítido o clima estranho, hostil para os próprios vascaínos.

Não, não foi pela derrota. A derrota nem significou tanto. Poderia ser uma partida contra o Bahia, o fato de ser contra o rival não foi tão determinante assim.

O que ocorre em São Januário é mais preocupante ainda e as arquibancadas são reflexo da tensão no clube. A questão política tem arrasado com a torcida e o medo da manutenção do sistema ditatorial da diretoria tem preocupado a todos. 

Os gritos de "fica vocês sabe quem" entoados pelo rival, mostram bem o que tem sido ir a colina, então, acreditem, a derrota não foi o principal.

Julgaram, perdemos mandos. Mas o que fica é a sensação de impunidade. Tantas câmeras no estádio e nenhum culpado foi preso, nada poderia se esperar de um país onde a punição a criminosos é tratada como utopia.
São Januário não mata, não atira e não destrói, São Januário é símbolo nacional, respeitem.


Lucas Gomes

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