terça-feira, 25 de julho de 2017

Raiz é ser Vasco!

Hoje me deparei com a notícia de que o Barcelona teria a quinta maior torcida do Brasil entre jovens de 12 a 18 anos. Meu pensamento no momento foi de que a globalização está tão forte, ao ponto de se encontrar torcedores de times espanhóis, que nunca viram o time jogar ao vivo, no Brasil.

As torcidas de Real Madrid e Barcelona cresceram de forma absurda no Brasil nos últimos anos. No caso brasileiro, a ida de um ídolo teen como Neymar, favoreceu o crescimento da torcida dos culés no país.

Mas e os times brasileiros? Esse é o problema. Os estádios no Brasil estão tão queimados pela mídia que ver pela TV é mais seguro, além de dar audiência para essa mesma mídia. O futebol europeu é melhor os jogadores são melhores, os estádios são modernos, não tem do que reclamar, certo?

Errado! As torcidas de Barcelona e Real Madrid nunca serão apaixonadas como a do Vasco. Não trocaria o churrasco ou a cerveja da barreira do Vasco para ver o teatro da Catalunha, onde um jogador faz gol e não se tem explosão, só se tem aplauso. O futebol perdeu sua alma na Europa e está perdendo sua alma também no Brasil.

A interdição de São Januário é uma tentativa de dizer que estádio não é mais rentável e nem adequado para o futebol moderno.

Raiz é ser Vasco, raiz é São Januário, raiz é ser do futebol!


Lucas Gomes

Passando o bastão.

Se no início do campeonato todos os comentaristas apontavam o Vasco como grande candidato a rebaixamento, hoje, tem se retratado em rede nacional, devido a boa campanha do clube da colina.

Nas mesmas discussões de mesa redonda sobre as projeções de tabela, se apontava como forte candidato ao título, até meu mesmo, O Atlético Mineiro.
Atlético Mineiro de Fred, Robinho, Victor,entre outros, muito forte em casa e com um investimento sensacional, que vinha de boas campanhas, sempre brigando na parte de cima da tabela.


Já o Vasco, era um time envelhecido, sem perspectiva, que não sabe o que é brigar por títulos importantes desde 2012. O Vasco de nenê, Andrezinho, Júlio César, Rodrigo, entre outros que tinha dificuldade com a pressão de São Januário e levava goleadas fora. Não se encontrava.


O campeonato começou e o panorama se tornou diferente. O Vasco muito forte em casa, o Atlético, destoando, sem reação, cedendo a pressão. Ficou sem técnico e sem o apoio da torcida.

No último domingo os dois clubes se encontraram no independência, com objetivos bem parecidos. Acalmar a torcida, se distanciar da zona do rebaixamento e dar um alento para o restante do campeonato.

O jogo de iniciou e já se via um Atlético Mineiro perdido em campo, com medo e sem poder de reação. Com grande jogada de Escudero, Paulinho abriu o placar.

Logo em seguida, Bruno Paulista perdeu a bola e levamos mais um daqueles gols que só a gente leva. parecia que o Atlético iria se reerguer, assim como o São Paulo, mas o brilho daquele jovem de 17 anos, não permitiu. Com um golaço, Paulinho decretou o 2 x 1.
Paulinho e Paulo Vitor, joias raras da colina.

Paulinho venceu, o Vasco venceu, a base venceu. Uma nova alvorada se levanta em São Januário, uma caminhada longa e difícil, mas não impossível se revela, e a libertadores e logo ali.

Lucas Gomes

quinta-feira, 20 de julho de 2017

A insistência de Milton

Milton Mendes não comandou o time na derrota de quarta para o São Paulo, mas teve seu dedo na escalação do time. Um time apático e que só perderia se tomasse um gol nos primeiros minutos de jogo. Foi o que aconteceu.


O São Paulo não vencia há 9 jogos, mas o Vasco de Milton soube ressuscitar o tricolor paulista. Escalações de Madson, Escudero e Paulão não tem sentido algum e mostram a falta de critério do treinador vascaíno. Paulo Vitor entra bem, faz um gol e some. Escudero estava afastado, virou resposta para a saída de nenê. Vai entender.


Martin Silva e Bruno Paulista foram os destaques do time na partida. Bruno impressiona pela calma e por sua qualidade em chutes a longa  distância, Martin Silva é Martin Silva. O que falta ao Vasco é velocidade, postura de Vasco e coragem para ganhar os jogos, controlou o jogo, sufocou o São Paulo, mas não teve capacidade de vencer um time fraco. Faltou a coragem.


O treinador parece não ter noção do tamanho do time que comanda e isso preocupa, estamos a apenas 5 pontos da zona maldita. Acorda, Milton. O time agora vai contar com Anderson Martins, espero que Paulão vá para o banco.


Lucas Gomes

A volta do que não deveria ter saído

Ele voltou. Voltou pra onde nunca deveria ter saído. Voltou pra casa! Anderson Martins está de volta ao Vasco!


Lembro bem da dupla de zaga formada por Dedé e Anderson Martins, a melhor que vi atuando pelo Vasco. A calma de Martins e o ímpeto físico de Dedé impressionavam e formavam a zaga mais segura do futebol brasileiro.


Dedé chegou a cair de rendimento após a saída de Anderson, que foi explicada por "jogadas de empresários", que são tão comuns na colina histórica. Mas, tudo isso já faz parte do passado e ele está de volta!


Precisa de um companheiro de zaga? Talvez sim. Se Breno se recuperar, Anderson e Breno serão a zaga do Vasco. É desse tipo de jogador que o Vasco precisa. Dos vascaínos, não dos mercenários!

Lucas Gomes


terça-feira, 18 de julho de 2017

O adeus de Nenê.

A saída de nenê do Vasco causou bastante comoção nas redes sociais. O ex meia vascaíno deixou o clube após ter se sentindo mal, por ter perdido o seu "prestígio".

Nenê chegou ao Vasco em 2015, em uma das piores fases da história do clube. Chegou como desconhecido, como mais um dos refugos a reforçar o elenco do Cruzmaltino. Resultado: nenê foi bem e ao fim do ano ocorreu uma enxurrada de propostas para tira-lo do elenco.

Ele ficou. Ficou e continuou bem, mas, como todo o elenco, caiu de rendimento. Porém sempre com a 10 e a vaga de titular. Sendo sempre referência, até nos piores momentos, como a seca de vitórias na série B.

Esse ano, o declínio continuou. Milton chegou, afastou Rodrigo e o zagueiro cravou: "Nenê é o próximo." E foi. Hoje se encerrou um ciclo, uma grande história. De títulos, vitórias, derrotas, tristezas.

O que fica é aquela famosa frase, "a males que vem para o bem". A saída de nenê abre uma lacuna para a utilização da base, e isso, é algo que todo vascaíno brada para o mundo!

Lucas Gomes

A colina entre o céu e o inferno.

Existe uma linha tênue entre a razão e a emoção. Quem é vascaíno convive constantemente com isso, chega a ser perturbador, incomoda, irrita. Não podemos ter um dia de descanso, já vem aquela pauta jornalística mostrando que o time é fraco. 

É, o time é fraco, mas em certos momentos tem mostrado garra, força e principalmente vontade. Vontade de marcar seu nome no clube, não de forma negativa, mas de um jeito honrado, e, em um campeonato como o nosso, raça vale tanto quanto a técnica.


Hoje, estamos no 9 lugar, a 1 ponto do G6 e a 7 do Z4, mas o discurso da imprensa é: "o Vasco briga contra o rebaixamento" briga sim, é claro, como todos os outros times.
Porém, com o Vasco é diferente, todos torcem contra, todos querem nos ver sofrendo, porque, como sempre é dito, somos a resistência, somos a mudança. Perseguidos desde a fundação, não seria em dias atuais que seríamos deixados de lado, nunca iremos ficar em paz.


Somos populares, clube de massa, mas a "espanholização" e a bipolarização que querem atribuir ao campeonato brasileiro não nos permite sonhar. É pênalti mal marcado, é pênalti não dado a favor, a famigerada desculpa do " erro humano" não cola mais.
Lutando por G6 e de olho no Z4, esse é o Vasco "vesgo" que luta entre o céu e o inferno em 2017.
Que tenhamos salvação e que já comecemos 2018 longe desse purgatório e livres do diabo.

Lucas Gomes

Sou vascaíno, muito prazer.

O Vasco é uma daquelas forças atemporais da vida. Uma força imortal, incomparável, insuperável, indescritível.

O vascaíno também é. O vascaino sofre uma goleada e no outro dia já está lotando sua casa e apoiando como se seu time fosse o Real Madrid.

O Vasco é insubstituível, imutável, impagável. O Vasco é, além de tudo, a representação de amor total de uma torcida para com um clube.

O prazer de ser vascaino vai além de uma vitória, um título, um gol. O prazer de ser Vasco é poder encher o peito e dizer: "eu sou a história, a mudança, a vida".

O vascaino não desiste, o time pode ser horrível, mas ele não abandona. E tudo pelo prazer de levar a cruz de Malta no peito e representar a liberdade, a glória e a luta por ideias.

O prazer de ser Vasco, é imensurável.


Lucas Gomes